English
15-Oct-2023 --
No domingo, 15 de outubro, fiz minha terceira tentativa de visitar a confluência 18S 44W, uma confluência bem difícil. Ela fica no alto de uma montanha, só acessível por veículos com tração nas quatro rodas. Mas a maior dificuldade é vencer os quilômetros finais, por um terreno muito complicado, com grandes paredões de pedras e mato fechado em vários pontos. Com relação a esse último trecho, ela é muito semelhante à confluência
17S 43W, que também exige uma caminhada mínima de dois quilômetros em terreno semelhante. Ambas as confluências se situam na região da Serra do Espinhaço. A confluência 17S 43W é uma das poucas que eu ainda não visitei no estado de Minas Gerais.
Não cheguei a registrar a narrativa das duas primeiras tentativas de visitar a confluência 18S 44W. A primeira ocorreu em abril de 2020. Percorri com a família os primeiros 176 quilômetros de asfalto e os primeiros 14,9 quilômetros de estrada de terra. A partir de então, inicia-se a subida da montanha e meu carro não teve condições de prosseguir.
Na segunda tentativa, três anos depois, em abril de 2023, eu aluguei uma caminhonete 4x4 e consegui percorrer o trecho restante em estrada de terra, de 11,6 quilômetros, chegando ao alto da montanha, a 2.090 metros do ponto exato. Dada a enorme dificuldade do terreno, da qual eu já tinha me informado e que se tornou visível quando estava no local, achei que não tinha tempo para percorrer o trecho restante. Já eram 12h30min e eu considerei que, para uma caminhada desse tipo, eu precisaria de um dia inteiro. Além disso, seria interessante fazer um estudo mais aprofundado das fotos de satélite, para tentar identificar o caminho ideal, evitando o que aparentavam ser as áreas mais difíceis.
Agora, seis meses depois, eu tomei essas citadas providências e elas se mostraram indispensáveis para o sucesso da tentativa. Tomei a precaução, também, de levar uma mochila com três litros de água e dois sanduíches. Aluguei novamente uma caminhonete 4x4, desta vez no dia anterior à visita. Saí de casa às 4 horas da madrugada, cheguei ao início do trecho em estrada de terra às 6 horas e estacionei o carro às 7 horas, no alto da montanha, em frente à entrada de uma Área de Preservação Permanente. Daria para seguir mais 1.500 metros dirigindo, mas, considerando que eu já estava suficientemente próximo, preferi não atravessar a porteira com o carro, para não correr o risco dela estar trancada ao voltar e eu ficar preso lá dentro, como ocorreu em minha visita à confluência 24S 52W, no Paraná.
Iniciei a caminhada pelos 1.500 metros de estrada de terra. Em seguida, entrei em um campo aberto, de fácil acesso, e percorri mais cerca de 590 metros. Enfrentei, então, a primeira subida de uma montanha de pedras e com mato alto, de caminhada bastante difícil, com cerca de 200 metros de comprimento.
Seguiu-se, finalmente, um trecho mais fácil, por uma trilha de areia cercada por pedras em ambos os lados, e com algumas pequenas elevações a vencer, também de pedras. Por esse caminho, consegui percorrer cerca de 1.450 metros. Para encontrar esse trecho tão longo por uma trilha de fácil caminhada foi fundamental a análise cuidadosa das fotos de satélite, sem o qual o nível de dificuldade do acesso seria tão mais difícil que inviabilizaria a visita. Pelas fotos de satélite é possível enxergar trechos de montanhas com pedras, mas as melhores informações vêm das tonalidades mais claras do terreno, que evidenciam os trechos de caminhada sobre a areia, que devem ser priorizados por eventuais futuros visitantes.
Iniciou-se, a partir daí, novo trecho muito difícil, em uma área de mato fechado que segue ao lado de uma grande montanha de pedra, onde a confluência se localiza. Percorri esse trecho por cerca de 460 metros, até o local em que ele mais se aproxima do ponto exato. Eu estava então a 180 metros da confluência. Mudei, então, de direção e comecei a escalar a montanha de pedra. Consegui, finalmente, chegar a 89 metros do ponto exato, onde registrei a visita. Na minha frente havia um enorme paredão de pedra, impossível de subir, que aparece em uma das fotos publicadas. Para chegar ao ponto exato, seria necessário um grande esforço adicional para tentar encontrar um caminho alternativo em que fosse viável continuar a subida.
Eu gastei quase três horas para fazer a caminhada de ida e já estava muito cansado. A partir de minha experiência com essas caminhadas extenuantes, eu já sabia que o retorno seria muito mais demorado, devido ao ritmo mais lento e às necessárias e frequentes paradas para descanso. Felizmente, eu tinha tempo de sobra.
Fiz toda a caminhada de retorno, em um ritmo, de fato, muito mais lento, e cheguei ao carro quando eram quase 3 horas da tarde. A caminhada completa, de ida e volta, durou quase oito horas. Um tempo um pouco maior do que o de outra caminhada muito extenuante que fiz em novembro de 2020, quando visitei a confluência 20S 47W, também em Minas Gerais.
Descansei um pouco mais dentro do carro e, em seguida, fiz a viagem de volta para casa, onde cheguei já de noite, por volta das 18h30min.
Vencida mais essa dentre as difíceis confluências que ainda restam para eu visitar no estado de Minas Gerais, estão faltando agora apenas quatro para eu completar as 52 confluências do estado.
English
15-Oct-2023 --
Sunday, October 15, I made my third attempt to visit 18S 44W, a hard confluence. It’s located at the summit of a mountain, only accessible to 4WD vehicles. However, the biggest hardness is to win the final kilometers, by a very complicated terrain, with big rock walls and dense bush in several areas. In relation to this last leg, it is very similar to
17S 43W confluence, which also demands a hike, at least two kilometers long, by a similar terrain. Both confluences are located at Serra do Espinhaço (Espinhaço's Mountain Range) region. The 17S 43W confluence is one of the few confluences that I hadn’t visited in Minas Gerais state.
I hadn’t register the narrative of the two unsuccessful attempts to visit 18S 44W confluence. The first one occurred at April 2020. I had driven with my family the 176 kilometers of asphalted road and the first 14.9 kilometers of dirt road. Then, the mountain climbing starts, and my car hadn’t had condition to go ahead.
At the second attempt, three years later, in April 2023, I had rented a 4WD pickup and had managed to drive the remaining 11.6 kilometers by dirt road, arriving at the summit of the mountain, 2,090 meters close to the exact point. However, due to the hardness of the terrain, about which I had already informed myself and that became visible when I was at the place, I had thought that there wasn’t enough time to win the remaining distance. It was already 12:30 and I had considered that, to make this kind of hike, I would need the whole day. Beside of this, it would be interesting to make a deep study of satellite photos, in order to try to identify the best way, avoiding the areas that looks like harder.
Now, six months later, I took the cited measures and they were imperative to the success of the visit. Other important measure was to carry a backpack with three liters of water and two sandwiches. I rented a 4WD pickup again, in this time at the previous day of the visit. I left home at 4:00, before sunrise, I arrived at the beginning of dirt road at 6:00 and parked the car at 7:00, at the summit of the mountain, in front of a Permanent Preservation Area entrance. It would be possible to drive more 1,500 meters, but, considering that I was so near, I preferred don’t cross the gate with the car, in order to avoid the risk of it be locked when I would come back, and to get blocked, as occurred in my visit to 24S 52W confluence, in Paraná state.
I started the hike by the 1,500 meters of dirt road. Then, I crossed an open field, easy to hike, by more about 590 meters. Then, I faced the first climb by a rock mountain and dense bush, hard to hike, 200 meters long.
The following leg, finally, was by an easy terrain, by a sand track between the rocks, and with some small rock elevations to win. By this path, I managed to hike about 1,450 meters. In order to find this so long path with easy hike, the careful analysis of satellite photos was essential. Without it, the level of hardness would make the visit impossible. By satellite photos, it’s possible to see mountain areas with rocks, but the best information come from bright areas of the terrain, which shows areas of sand that must be preferred by possible future visitors.
The next leg is very hard again, in an area of dense bush that follows beside a big rock mountain, where lies the confluence. I hiked by this leg by about 460 meters, up to the place where it is closest to the confluence. I was, in that moment, 180 meters to the exact point. Then, I changed my direction and started to climb the rock mountain. I finally managed to go up to 89 meters to the exact point, where I registered the visit. In front of me there was a huge rock wall, impossible to climb, which is shown in one of the published photos. To arrive at the exact point, it would be necessary a big additional effort in order to attempt to find an alternative way that would allow continuing the climb.
I spent almost three hours to hike up to the confluence and I was already very tired. Considering my experience with these very tiring hikes, I knew that the hike back would last much more time, due to the slower pace and the necessary and frequent stops to rest. Fortunately, I had a lot of time.
I made the hike back, in a pace, in fact, very slow, and arrived at the car when it was almost 15:00. The whole hike, going and coming back, lasted almost eight hours. The duration was a bit longer than other very tiring hike that I had made in November 2020, in order to visit 20S 47W confluence, also in Minas Gerais state.
I rested a bit more in the car and, then, I drove back home, where I arrived after sunset, about 18:30.
I won one more hard confluence out of those that are remaining to me to visit in Minas Gerais state. By now, I need only to visit four more confluences to complete all 52 confluences of the state.