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02-jan-2015 -- Em dezembro de 2013, fiz uma grande viagem de ônibus, saindo de Fortaleza, cidade em que eu morava à época, passando pelos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás e chegando a Lavras, sul de Minas Gerais, cidade onde moram meus pais. Naquela oportunidade, dediquei um dia da viagem para realizar visitas a confluências na cidade de Palmas e um dia para realizar visitas a confluências na cidade de Goiânia. A narrativa daquela viagem começa na visita à confluência 10S 49W.
Agora, pouco mais de um ano depois, resolvo fazer uma viagem semelhante. Partindo de Marabá, no estado do Pará, onde estou morando atualmente, fiz uma grande viagem de ônibus passando por Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e chegando igualmente a Lavras. Desta vez, eu dedicaria um dia a visitas a confluências em Cuiabá e um dia a visitas a confluências em Campo Grande.
O objetivo de ambas as viagens, além de visitar novas confluências, é conhecer novos estados e novas capitais brasileiras. Na viagem anterior, conforme eu citei na narrativa, eu conheci duas novas capitais (Palmas e Goiânia) e um novo estado (Tocantins). O estado de Goiás eu então já conhecia, graças a uma rápida visita feita no ano de 2009. Por coincidência, o resultado dessa nova viagem, nesse sentido, foi muito semelhante. Eu conheci duas novas capitais (Cuiabá e Campo Grande) e um novo estado (Mato Grosso). O estado do Mato Grosso do Sul eu já conhecia, graças a uma rápida visita feita no ano de 2011, na qual eu visitei a confluência 21S 52W.
Tendo trabalhado no dia 30 de dezembro e buscando aproveitar ao máximo as minhas férias, saí de Marabá no dia 31 de dezembro às 7 horas da manhã, sem me importar em passar o réveillon dentro do ônibus. Minha intenção era ter saído no dia 30 à noite, mas não consegui ônibus nesse horário.
O primeiro destino da viagem seria Goiânia, e o tempo previsto de viagem seria de 24 horas. Minha esposa e meu filho viajariam para Belo Horizonte no dia 2 de janeiro, quando então eu estaria em Cuiabá, e no dia 8 eles viajariam para Lavras, quando então eu já estaria lá, os aguardando.
Ainda na parte da manhã, poucas horas após sair de Marabá, chegamos à divisa entre os estados do Pará e do Tocantins, marcada pelo rio Araguaia, que nessa região tem cerca de 1.500 metros de largura. A última cidade paraense é São Geraldo do Araguaia e, do outro lado do rio, fica a cidade de Xambioá. Como não há ponte, a travessia é feita por balsa. Existe uma ponte sobre o rio alguns quilômetros a jusante, na rodovia Transamazônica, mas o ônibus preferiu utilizar uma rodovia diferente.
Paramos para almoçar na cidade de Araguaína, no estado do Tocantins. A partir desse momento, o ônibus começou a apresentar problemas de superaquecimento e começou a parar em praticamente todos os postos de combustível da estrada, o que atrasou a viagem. Somente quando estávamos em Paraíso do Tocantins, 360 quilômetros adiante, o ônibus foi trocado.
A virada do ano aconteceu quando estávamos entre as cidades de Aliança do Tocantins e Gurupi, ainda no estado do Tocantins.
Chegamos a Goiânia às 10 horas da manhã, segundo meu relógio, ou 11 horas local, uma vez que a região Centro-Oeste, ao contrário da região Norte, adota o horário de verão. A viagem durou 27 horas, três horas a mais que o previsto.
Meu destino final desta primeira etapa era Cuiabá, e não Goiânia, e só passei por Goiânia por falta de alternativa. Por isso, assim que eu cheguei eu já comprei a passagem para Cuiabá. Consegui uma passagem para meio-dia, ou seja, uma hora depois.
Retomamos a viagem no horário previsto e paramos para almoçar na cidade de Indiara, no estado de Goiás. Quando chegamos à divisa entre os estados de Goiás e Mato Grosso já havia anoitecido. Essa nova divisa interestadual é também marcada pelo rio Araguaia, e eu fiquei impressionado em ver a diferença entre os dois trechos do mesmo rio, aquele que eu atravessei ontem, de balsa, e esse que eu atravessei agora. Aqui, o rio não chega a ter vinte metros de largura. São os dois extremos do rio. Aqui, eu estava bem próximo de sua nascente. Lá, eu estava próximo do local em que ele termina, ao desaguar no rio Tocantins.
Mais uma madrugada viajando de ônibus, e já estamos no dia 2 de janeiro, dia em que minha esposa e meu filho viajariam para Belo Horizonte. No momento em que o meu ônibus estava quase chegando a Cuiabá, o avião com a minha esposa e meu filho estava decolando em Marabá em direção a Brasília, o primeiro trecho da viagem deles.
Chegamos a Cuiabá às 6 horas da manhã, horário local, após mais 19 horas de viagem. O estado do Mato Grosso tem, circunstancialmente, o mesmo horário que o estado do Pará, e, por isso, nem precisei me dar ao trabalho de acertar meu relógio, ao passar por Goiás. A razão para isso é que, por estar em um fuso horário diferente, o Mato Grosso tem uma hora a menos que o Pará. Mas, por adotar o horário de verão, tem uma hora a mais. No final das contas, o horário é o mesmo.
Somando os dois primeiros trechos, foram 46 horas de viagem, nos quais percorremos 2.320 quilômetros. Apesar disso, não eu não estava cansado e ainda tinha disposição suficiente para dedicar o dia todo a visitas a confluências. Essa decisão de começar as visitas a confluências de imediato foi uma alteração no planejamento em relação à viagem anterior.
Na viagem que fiz há um ano, assim que eu chegava a cada cidade, após a viagem de ônibus, eu ia direto para o hotel descansar. Somente no dia seguinte eu fazia as visitas às confluências, e, após as visitas, eu ia direto para a rodoviária para pegar o ônibus e percorrer o trecho seguinte. Desta vez, eu inverti o planejamento. Ao invés de dormir uma noite no hotel antes das visitas a confluências, resolvi dormir uma noite no hotel depois das visitas.
Minha motivação para a alteração no planejamento foi a seguinte: no dia dedicado a visitas a confluências, eu tenho que caminhar no meio do mato, fico muito suado e, às vezes, sujo de terra e poeira. E, logo em seguida, eu tenho que ir direto para a rodoviária e pegar o ônibus. Na visita à última confluência da viagem anterior, inclusive, eu caí no barro e sujei a roupa toda, conforme contei na narrativa da visita à confluência 17S 50W, e mesmo assim tive de pegar o ônibus para percorrer o último trecho da viagem.
Com a mudança de planejamento, ou seja, passando a noite no hotel após as visitas a confluências, e não antes, eu tenho a oportunidade tomar um banho e trocar de roupa no momento em que eu estou mais precisando de fazer isso. Na verdade, o que me levou a não fazer assim, na viagem anterior, foi a suposição de que, após viajar muitas e muitas horas de ônibus, eu não estaria em condições de começar de imediato as visitas a confluências. Essa suposição se revelou falsa. Eu durmo muito bem dentro do ônibus, e mesmo após as 46 horas de viagem, eu estava me sentindo muito bem disposto.
Uma terceira alternativa, obviamente, seria passar duas noites em cada cidade. Assim, eu dormiria no hotel antes de visitar confluências, e depois de visitar confluências. Mas, eu não poderia me dar a esse luxo, pois a viagem ficaria muito demorada e consumiria todas as minhas férias.
Voltando à narrativa, cheguei em Cuiabá, tomei um café da manhã, aluguei um carro e segui viagem em direção à primeira confluência do dia, a 15S 56W, localizada ao norte da cidade de Cuiabá.
Peguei a rodovia BR-251, que vai em direção à Chapada dos Guimarães, e em seguida a rodovia MT-351, conhecida como estrada do Manso, em razão de dar acesso ao lago de mesmo nome. Esta última rodovia estava em condições ruins, com muitos buracos. Ao longo do caminho, é possível avistar os paredões rochosos da Chapada dos Guimarães.
No momento em que eu estava quase chegando ao início do trecho em estrada de terra, o avião que levava minha esposa e meu filho pousou em Brasília, cidade onde eles fariam uma conexão para Belo Horizonte.
O trecho em estrada de terra, de dez quilômetros, estava em condições ruins em alguns pontos, com grandes buracos e desníveis, além de ter subidas e descidas muito íngremes. Não tive, apesar disso, maiores dificuldades em vencê-lo. Parei o carro a 2.100 metros do ponto exato, onde eu deveria sair da estrada principal e pegar uma estrada secundária, que me levaria até 900 metros da confluência. Aparentemente, dava para seguir adiante de carro, mas, como não estava tão longe assim, achei melhor seguir a pé. E, conforme pude constatar, logo à frente a estrada ficaria muito ruim para passar de carro.
A caminhada pela estrada foi tranquila. Logo em seguida eu tive de sair da estrada e iniciar a caminhada pelo mato, que já não foi tão simples. O mato estava alto e com muitas pedras. Em compensação, a paisagem era muito bonita, conforme se pode constatar pelas fotos.
Durante a caminhada, o solado do meu tênis direito começou a se descolar, o que me obrigou a andar com mais cuidado para que ele não rasgasse ou se descolasse completamente. Comecei a me perguntar se ele aguentaria todas as caminhadas que eu ainda teria de fazer na viagem.
Zerei o GPS e fiz todo o caminho de volta até a rodovia. No momento em que eu estava quase terminando o trecho em estrada de terra, minha esposa e meu filho decolaram em Brasília com destino a Belo Horizonte. O tempo durante o qual eles aguardaram a conexão praticamente coincidiu com o tempo que eu gastei para visitar essa primeira confluência da viagem.
Felizmente, ao contrário do visitante anterior desta confluência, não encontrei nenhuma cobra e nenhuma aranha durante a caminhada.
Esta é a minha primeira confluência no estado do Mato Grosso. Com este novo estado, eu tenho agora confluências visitadas em 19 dos 27 estados brasileiros. Esta é também a confluência mais a oeste que já visitei até agora, no meridiano 56W. Até então, as confluências mais a oeste que eu já tinha visitado, com 4 graus de longitude a menos, eram a 22S 52W e a 21S 52W.
Esta confluência também traz uma interessante marca. Com ela, eu completo visitas a confluências em todos os estados da região Centro-Oeste do Brasil. Isso me faz lembrar o comentário que fiz quando visitei a confluência 5S 43W, no Maranhão. Naquela oportunidade, eu estava completando visitas a confluências em todos os estados da região Nordeste e disse que, para mim, que nasci e vivi quase toda a minha vida em Minas Gerais, seria impensável que eu completaria todos os estados do Nordeste antes de completar todos os estados do Sudeste. Eu disse ainda, naquela oportunidade, que o destaque negativo desse fato era o estado do Rio de Janeiro, no qual, até hoje, eu não tenho nenhuma confluência visitada. Pois bem, agora, ao completar a região Centro-Oeste, eu repito o mesmo comentário: seria impensável que eu completaria a região Centro-Oeste antes de completar a região Sudeste.
Assim que voltei ao asfalto, parei em um bar para comprar água, pilha e cola instantânea. Colei o solado do meu tênis e consegui resolver o problema, ao menos provisoriamente.
Na estrada do Manso, fiz todo o caminho de volta até a rodovia BR-251. Porém, ao invés de voltar para Cuiabá, resolvi pegar o caminho contrário, para me aproximar mais da Chapada dos Guimarães e observar a paisagem. Segui mais 25 quilômetros, parei e só então peguei o caminho de volta. Nesse momento, o avião que levava minha esposa e meu filho pousou em Belo Horizonte.
No caminho de volta para Cuiabá, parei para almoçar em um restaurante. Já passava do meio-dia. O período da tarde seria dedicado à segunda confluência do dia.
Esta narrativa continua na visita à confluência 16S 55W.
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02-Jan-2015 -- In December 2013, I made a big trip by bus, starting at Fortaleza city, Ceará state, city where I was living at that moment, passing by Piauí, Maranhão, Tocantins and Goiás states, and arriving at Lavras city, south of Minas Gerais state, where my parents live. In that opportunity, I spent one day making confluence visits in Palmas city, Tocantins state, and other day making confluence visits in Goiânia city, Goiás state. The narrative of that trip starts on 10S 49W confluence.
By now, slightly more than one year after, I decided to make other similar trip. Starting at Marabá city, Pará state, where I am living nowadays, I made a big trip by bus passing by Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul and São Paulo states and arriving again at Lavras city. By this time, I spent one day making confluence visits in Cuiabá city, capital of Mato Grosso state, and other day making confluence visits in Campo Grande city, capital of Mato Grosso do Sul state.
My objective in both trips, besides visiting new confluences, is to know new Brazilian states and capitals. In the previous trip, as cited in the narrative, I knew two new capitals (Palmas and Goiânia) and one new state (Tocantins). The state of Goiás I had already known, due to a quick visit made in 2009. Coincidently, the result of this new trip, in this sense, was very similar. I knew two new capitals (Cuiabá and Campo Grande) and one new state (Mato Grosso). The state of Mato Grosso do Sul I had already known, due to a quick visit made in 2011, when I visited 21S 52W confluence.
After having worked at December 30th and aiming to use all the time possible of my vacations, I left Marabá in December 31th at 7:00, not mattering with the fact that I would pass the New Year’s Eve in the bus. My intention was leaving Marabá in the night of 30th, but I didn’t find a bus in this time.
The first destination of the trip was Goiânia city, and the estimated duration of the trip was 24 hours. My wife and my son would travel to Belo Horizonte city in January 2th, when I would be in Cuiabá, and, in January 8th they would travel to Lavras, when I would be there, waiting for them.
Yet in the morning, few hours after leaving Marabá, we arrived at the line between Pará and Tocantins states, marked by Araguaia River, which in this region is about 1,500 meters wide. The last city of Pará is São Geraldo do Araguaia, and, in the other side of the river, lays Xambioá city. As there isn’t a bridge, the crossing is made by ferry. There is a bridge over the river some kilometers downstream, at Transamazônica Highway, but the bus preferred to use a different highway.
We stopped to have lunch at Araguaína city, Tocantins state. From this moment, the bus started to have problems of overheating and started to stop in almost all gas stations of the road, delaying the trip. Only when we are at Paraíso do Tocantins city, 360 kilometers after, the bus was changed.
The New Year arrived when we are between Aliança do Tocantins and Gurupi cities, yet in Tocantins state.
We arrived at Goiânia city at 10:00 in the morning, according to my watch, or 11:00 local time, whereas the Midwest region of Brazil, which owns Goiás state, adopts saving time, while North region of Brazil, which owns Tocantins state, don’t adopt it. The trip lasted 27 hours, 3 hours over the estimated.
My final destination of this first leg was Cuiabá city, not Goiânia, and I only passed by Goiânia due to lack of option. Then, as soon as I arrived there, I bought a ticket to Cuiabá. I got a ticket scheduled to noon, that is, one hour after.
We retake the trip in the previewed time and we stopped to have lunch at Indiara city, Goiás state. When we arrived at line between Goiás and Mato Grosso states, the night had already fallen. This new interstate border is also marked by Araguaia River, and I was impressed when I saw the difference between the two points of the same river, the one in that I crossed yesterday, by ferry, and this one in that I crossed now. Here, the river is less than 20 meters wide. They are the two utmost points of the river. Here, I was near its source. There, I was near the place where it ends, when it flows to Tocantins River.
One more night traveling by bus, and we are now at January 2th, day in that my wife and my son would travel to Belo Horizonte. In the moment in that my bus was almost arriving at Cuiabá, the plane with my wife and my son was taking off in Marabá going to Brasília, the first leg of their trip.
We arrived at Cuiabá at 6:00, local time, after other 19 hours of trip. The Mato Grosso state has, circumstantially, the same time of Pará state and, then, I needn’t to adjust my watch, when passing by Goiás. This is because the time zone of Mato Grosso has one hour less than Pará. But, due to Mato Grosso has saving time, it has one hour more. After all, the hour is the same.
The whole trip was, so far, 46 hours long, in that we travel 2,320 kilometers. Despite this, I wasn’t tired and I had mood to spend the entire day visiting confluences. The decision of starting the confluence visits immediately was a change of planning in relation to the previous trip.
In the trip that I made one year ago, when I arrived at each city, after the trip by bus, I went straight to the hotel in order to rest. Only in the following day I did the confluence visits and, after the visits, I went straight to the bus station in order to take the bus to the next city. By this time, I inverted the planning. Instead of spending one night at the hotel before visiting confluences, I decided to spend one night at the hotel after visiting confluences.
My motivation to change the planning was the following: in the day dedicated to visiting confluences, I must walk in the bush, I get sweaty and, sometimes, dirty of soil and dust. And, immediately after, I must go straight to the bus station and take the bus. In the last visit of the previous trip, I fell in the mud and dirtied all my clothes, as described in the 17S 50W narrative, and nevertheless I must take the bus in order to travel the last leg of the trip.
Changing the planning, that is, spending a night in the hotel after visiting confluences, and not before it, I have the opportunity to take a shower and change my clothes in the moment in that I’m more need to do this. In reality, in the previous trip, I didn’t do this manner because I supposed that, after traveling a lot of hours by bus, I wouldn’t have any condition to start immediately the confluence visits. This assumption was false. I sleep in the bus very well, and even after 46 hours traveling, I was very well.
A third alternative, obviously, would be spend two nights in each city, and sleep in the hotel before visiting confluences and after visiting confluences. But, I couldn’t do this, because the trip would linger a lot, and I would spend all my vacations.
Back to the narrative, I arrived at Cuiabá, had a snack, rent a car and headed to the first confluence of the day, the 15S 56W one, located northern of Cuiabá city.
I caught BR-251 highway heading to Chapada dos Guimarães (Guimarães’ Plateau) and then the MT-351 highway, as known as Manso road, due to it headed to Manso Lake. This last highway was in bad condition, with a lot of holes. Along the way, it’s possible to see the rocky cliffs of Chapada dos Guimarães.
In the moment in that I was almost arriving at the beginning of dirt road leg, the plane in that it was my wife and my son landed at Brasília, the city in that they would make a connection to Belo Horizonte.
The dirt road leg, ten kilometers long, was in bad condition in some parts, with big holes, and steep ascent and descents. Despite this, I hadn’t hardness to manage it. I stopped the car 2,100 meters to the exact point, where I must left the main road and enter on a secondary road, which heads up to 900 meters to the confluence. Apparently, it was possible to go ahead by car, but, as it wasn’t too distant, I though it’s better to go on foot. And, as I could realize, soon the road would become very bad to cars.
The hike on the road was calm. Soon I must left the road and start the hike on the bush, which wasn’t so easy. The bush was tall and with a lot of stones. In compensation, the landscape is very beautiful, as showed in the photos.
During the hike, the sole of my right tennis started to unstick, and I must to walk more carefulness in order to avoid it unsticks completely. I started to ask to myself if it would resist all hikes that I must to do in this trip.
I got all GPS zeroes and made all the way back to the highway. In the moment in that I was almost finishing the dirt road leg, my wife and my son took off in Brasília going to Belo Horizonte. The time while they waited by the connection almost coincided with the time elapsed to visit the first confluence of the trip.
Fortunately, unlike the previous visitor of this confluence, I didn’t find any snake or any spider during the hike.
This is my first confluence visit in Mato Grosso state. With this new state, I have now visited confluences in 19 out of 27 Brazilian states. This is also the westernmost confluence visit until now, in 56W meridian. Until then, the westernmost visited confluences, with 4 degrees less of longitude, were 22S 52W and 21S 52W.
This confluence has also an interesting record. With it, I completed confluence visits in all states of Midwest region of Brazil, which has the following states: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul and Distrito Federal. This fact remembers me the comment that I made when visiting 5S 43W confluence, in Maranhão state. In that opportunity, I was completing confluence visits in all states of Northeast region of Brazil, and I saw that to me, which was born and lived almost all my live in Minas Gerais state, it was unthinkable that I would complete all Northeast states before completing all Southeast states (Southeast region owns Minas Gerais state). I saw in that opportunity that the negative highlight of this fact was Rio de Janeiro state, in that, until now, I hadn’t any confluence visit. Then, now, when completing the Midwest region, I make the same comment: it would be unthinkable that I would complete the entire Midwest region before completing Southeast region.
When I came back to the asphalt, I stopped in a bar in order to buy water, batteries and instant glue. I stuck the sole of my tennis and managed to solve the problem, at least provisionally.
In Manso road, I made all the way back to BR-251 highway. Then, instead of came back to Cuiabá, I decided to take the opposite way, in order to approach to Chapada dos Guimarães and observe the landscape. I went more 25 kilometers, stopped and then came back. In this moment, the plane with my wife and my son landed in Belo Horizonte.
When coming back to Cuiabá, I stopped to have lunch in a restaurant. It was after noon. The period of afternoon would be dedicated to the second confluence of the day.
This narrative continues on 16S 55W.