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the Degree Confluence Project
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Brazil : Ceará

5.8 km (3.6 miles) WNW of Divisa, Ceará, Brazil
Approx. altitude: 432 m (1417 ft)
([?] maps: Google MapQuest OpenStreetMap ConfluenceNavigator)
Antipode: 5°N 140°E

Quality: good

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#2: East #3: South #4: West #5: 100 meters away #6: GPS reading #7: The visitors

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  5°S 40°W (visit #1)  

#1: North

(visited by Flávio Torres and Draulio Araujo)

English

06-Jan-2004 -- Dráulio, meu filho mais velho, morando na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, que acompanhava de longe as nossas visitas, estando aqui de férias, manifestou o desejo de realizar uma visita a uma confluência. Passamos os olhos pelo mapa e concluímos que, talvez, a confluência 5ºS/40ºW pudesse ser feita em apenas um dia de viagem. Juliana, sua mulher, teve de ficar, pois a minha camioneta VW Saveiro só comporta um passageiro.

Para facilitar as coisas, o Draulinho veio dormir no meu apartamento e, assim, às 5:10 da manhã, já estávamos na estrada. Nós deveríamos seguir pela BR 020 até a cidade de Boa Viagem e, de lá, pegar a Ce 266 que se destina a Tamboril. Na saída de Fortaleza, no balão de Caucaia, pegamos a BR 222, percebendo o erro uns 10 km depois, e tivemos de voltar. Na estrada certa, passamos pela cidade de Caridade, onde se vê, no alto de um morro, a metade de uma enorme imagem de São Francisco, e a cabeça do Santo repousando no meio de uma rua da cidade. Há anos que a estátua está por ser terminada...

Chegando a Canindé, de longe se vê uma outra imagem do mesmo Santo, esta já em fase de acabamento. Nesta cidade encontra-se um dos maiores centros de romarias, onde a gente humilde de todo o Nordeste se dirige para pedir ao Santo uma vida melhor. Na época das festas, muita gente vai à pé, usando aquelas longas vestes marrons típicas dos frades. Na entrada da cidade tomamos o café da manhã.

Depois de passar pela cidade de Madalena, chegamos a Boa Viagem e, sem parar, ligamos o GPS e pegamos a estrada de terra, seguindo a indicação de Monsenhor Tabosa. Como estava previsto, a estrada de piçarra vermelha e cheia de pedras estava mesmo nos levando para a confluência. Praticamente já dentro de um lugarejo chamado Nossa Senhora do Livramento, com a confluência à esquerda e verificando que a estrada principal seguia mais para a direita, tomamos uma variante à esquerda, e no lugar conhecido por Barra da Oiticica, felizes da vida, paramos o carro a 550 metros do ponto. Havíamos rodado 288 km.

Havia algumas casas. Escolhemos a que parecia mais próxima da direção da confluência e nos aproximamos. Apareceu um cidadão, entroncado, de cara feia, e quando pedi licença para entrar em suas terras, ele, depois de perguntar muito do que se tratava, cujas respostas não foram compreendidas, disse que não permitia. Acho que o homem era muito era frouxo e se acovardou com a nossa parafernália, máquinas fotográficas, tripé, GPS, bússula, mapas, água mineral. Por mais de meia hora tentamos convencê-lo a nos deixar entrar e ele resistiu a todos os argumentos. É verdade que esta atividade de visitar confluências é meio difícil de ser explicada a uma pessoa rude, que nunca freqüentou uma escola. Também é verdade que se vê muita televisão, com ET's comendo vivos os terráqueos, ou coisas do gênero. O fato é que o homem estava com medo. Nós tínhamos de esperar o dono da terra, que chegaria no final da tarde.

Vendo que havia algumas cercas próximas, consegui dele a informação de que a propriedade que ele tomava conta terminava a uns 100 metros de onde estávamos. Fomos, então, conversar com o vizinho. Chamava-se Helder e estava no curral, tirando leite de uma vaca. Gente boa, hesitou só um pouco e logo concordou em ir com a gente. Atravessamos um riacho seco e fomos até a casa dele deixar o leite. Agora, nós já estávamos a 440 metros do ponto. A caatinga, vegetação típica daquela região, era bastante rala e em uns 20 minutos de caminhada chegamos ao ponto. É verdade que tivemos de saltar uma cerca, talvez até para as terras proibidas, mas como o Helder não disse nada, concluímos a nossa visita com sucesso absoluto.

Um pouco antes da metade do dia nós já estávamos comemorando o sucesso da visita, tomando uma cerveja geladíssima no Liduina's Bar, no caminho de volta a Boa Viagem. É incrível, como em uma região do interior do Ceará, onde as pessoas não entendem nem o que é visitar uma confluência, se encontra o nome de um bar com regras da gramática inglesa...

English

06-Jan-2004 -- Draulio, my oldest son, living in the city of Ribeirão Preto, São Paulo, being here on holidays, told me that he would like to do himself a confluence visit. Looking at the maps we got to the conclusion that the confluence 5ºS 40ºW might be visited in a single day trip. Juliana, his wife, had to stay due to the fact that my pickup, a VW Saveiro, carries only one passenger.

To make things easier, Draulinho came to sleep in my apartment and so, at 5:10 am, we were already on the road. We should follow the BR 020 up to the town of Boa Viagem and, from there, take the Ce 266 that goes to Tamboril. On the outskirts of Fortaleza, on the round about of Caucaia, we took the BR 222, coming back after a 10 km mistake. On the road we passed by the city of Caridade were on the top of an elevation it is seen the half of a huge image of Saint Francis, with the head of the Saint resting on the middle of an urban road. For years the statue is to be finished...

Approaching Canindé, it is seen another image of the same saint, this one almost ready. In this town we found one of the biggest centres of pilgrimage, were the simple people of all the northeast region go to beg from the saint a better life. At the time of the feasts, many people go on foot, using those long brown dresses, typical of the monks. On the entrance of the city we had our breakfast.

After the city of Madalena we arrived at the city of Boa Viagem and, without a stop, we switched on the GPS and took the unpaved road, following the signs of Monsenhor Tabosa. As predicted, the reddish road, full of stones, was in fact taking us to the confluence. Almost at the centre of a small place called Nossa Senhora do Livramento, with the confluence on our left, we saw that the main road was going further to the right, so we took an even smaller road to the left and in a place known as Barra da Oiticica, both very happy, we were stepping out of the car with the point only 550 meters away. We had driven 288 km.

There were some houses. We choose the one that seemed to be in the direction of the confluence and went to it. Came this man, kind of small and wide body, with an unfriendly face, and when we asked permission to go onto his lands, he, after a lot of questions about our purposes, whose answers were not understood, said that we were not allowed to enter. I think that the guy wasn't quite a brave man and was afraid of our equipment, such as photographic cameras, tripod, GPS, compass, maps, and bottled water. For over half an our we tried to convince him to let us enter the land but he resisted all our arguments. It is true that this activity of visiting confluences is hard to explain to a rude person who never went to a school. It is also true that a lot of TV is being seen, with ETs eating human beings and things of this kind. The fact was that the man was afraid. We should have to wait for the owner of the land that should arrive at the end of the day.

Observing that there were some fences near by, we got from him the information that the property that he was looking after had its end at about 100 meters from our present location. So, we went to talk to the neighbour. He was called Helder and was at the corral milking a cow. Good chap, he hesitated a bit, but soon he agreed in going with us. We crossed a dry river and followed him up to his house to deliver the milk. Now, we were 440 meters away from the point. The "caatinga", the typical vegetation of this region, was rather scarce so that in about 20 minutes walk we arrived at the desired point. It is true that we had to jump a fence, perhaps to the prohibited lands, but as Helder didn't say a word, we concluded our visit with absolute success.

Just a bit under midday we were already commemorating the success of our visit, drinking a freezing beer at the Liduina's Bar, on the way back to Boa Viagem. It is hard to believe that on such remote area of the inland of Ceará, were people cannot even understand what is to visit a confluence, it is possible to find a name of a bar obeying rules of the English grammar.


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#1: North
#2: East
#3: South
#4: West
#5: 100 meters away
#6: GPS reading
#7: The visitors
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