English
Español
08-Jan-2025 -- Em janeiro de 2025, eu, minha esposa e meu filho fizemos uma longa viagem passando por seis estados brasileiros e por outros três países, Uruguai, Argentina e Paraguai.
Saímos de Montes Claros no sábado, dia 4 de janeiro, por volta das 7 horas da manhã, e almoçamos em Belo Horizonte. À tarde, atravessamos a ponte sobre o rio Grande, próximo a Lavras, e chegamos a Pouso Alegre por volta das 19 horas, onde passamos a noite.
Viajamos neste primeiro dia por cerca de 800 quilômetros. Choveu durante grande parte da viagem. Chama a atenção o fato de que toda essa distância foi percorrida sem sair do estado de Minas Gerais.
A referência ao rio Grande deve-se ao fato de ele fazer parte da bacia hidrográfica que teve muita relevância nesta viagem. O rio Grande corta o sul de Minas e delimita, junto com o rio Paranaíba, a região do Triângulo Mineiro. O rio Grande separa Minas Gerais de São Paulo e o rio Paranaíba separa Minas Gerais de Goiás e, depois, Minas Gerais do Mato Grosso do Sul.
Quando se juntam, na tríplice fronteira entre Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul, dão origem ao rio Paraná. Há uma confluência muito próxima dessa tríplice fronteira, dentro do rio Paranaíba, a 20S 51W, que eu visitei em janeiro de 2022, há três anos.
O rio Paraná, então, segue rumo ao sul, fazendo a divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, depois entre o Paraná e o Mato Grosso do Sul, e finalmente entre o Brasil e o Paraguai, onde se localiza a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Fora do Brasil, ele passa a delimitar o Paraguai e a Argentina até se encontrar com o rio Paraguai, próximo à cidade argentina de Corrientes, onde passamos uma de nossas noites desta viagem. Continua seguindo para o sul, por dentro da Argentina, até se encontrar com o rio Uruguai, dando origem ao rio da Prata.
Todos os rios citados aqui foram atravessados durante essa viagem, com exceção do rio Uruguai, conforme se verá ao longo das narrativas.
No segundo dia de viagem, saímos de Pouso Alegre por volta das 7 horas. Atravessamos a divisa interestadual, entrando em São Paulo, e paramos para almoçar pouco depois da cidade de Registro.
À tarde, atravessamos mais duas divisas interestaduais, passando pelo Paraná e entrando em Santa Catarina. Chegamos à cidade de Penha por volta das 17 horas.
Viajamos neste segundo dia, novamente, por cerca de 800 quilômetros. Choveu pouco, apenas uma chuva fina em certos momentos.
Depois de dois dias de muita estrada, passamos o terceiro dia descansando. Nossa visita à cidade de Penha foi com o objetivo de ir ao parque temático Beto Carrero World.
No quarto dia, deixamos a cidade de Penha por volta das 8h15min. Passamos no Aeroporto dos Navegantes para trocar reais por moeda estrangeira. Conseguimos peso argentino, mas a casa de câmbio não tinha peso uruguaio.
Passamos pela bela ponte Anita Garibaldi, na BR-101 e, logo em seguida, paramos para almoçar na cidade de Tubarão.
Atravessamos mais uma divisa interestadual, entrando no Rio Grande do Sul, e paramos no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para comprar pesos uruguaios. Este aeroporto foi diretamente impactado pelas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul no ano passado, e seu funcionamento ainda não está totalmente normalizado. Os voos internacionais foram retomados bem recentemente, há menos de um mês, e por isso a casa de câmbio estava funcionando.
Seguimos viagem e chegamos à cidade de Pelotas bem tarde, por volta das 21 horas. O atraso ocorreu por três razões. Iniciamos a viagem um pouco mais tarde, fizemos as citadas paradas nos aeroportos, e percorremos a maior distância em um único dia. Viajamos neste dia cerca de 850 quilômetros.
Iniciamos o quinto dia da viagem por volta das 8 horas. Ainda de manhã, chegamos à cidade de Jaguarão e atravessamos a fronteira, entrando na cidade uruguaia de Rio Branco.
Algum tempo depois, deixamos a estrada principal que segue até Montevidéu para pegarmos o caminho rumo à confluência 33S 55W. A direção apontada pelo GPS, em certo momento, nos sugeriu entrar em uma estrada de terra. Como ela estava em excelentes condições, bem cascalhada, resolvemos prosseguir.
Os primeiros 20 quilômetros, de fato, estavam em condições excelentes. Depois, porém, ela piorou um pouco, mas ainda em condições boas. Seguimos mais 30 quilômetros até encontrar uma outra rodovia asfaltada.
Logo em seguida, paramos à margem da rodovia, a apenas 700 metros do ponto exato. Atravessei uma cerca, fiz uma rápida caminhada por uma estradinha e depois por uma bela área de floresta, e zerei o GPS sem dificuldade.
Paramos para tomar um lanche, em substituição ao almoço, no povoado de Alejandro Gallinal. Em seguida, retomamos a viagem e chegamos a Montevidéu por volta das 17h30min.
Viajamos neste dia por cerca de 660 quilômetros.
Esta narrativa continua na visita à confluência
35S 58W.
English
In January 2025, I, my wife and my son made a long trip passing by six Brazilian states and other three countries: Uruguay, Argentina and Paraguay.
We left Montes Claros city, Minas Gerais state, at January 4, about 7:00, and we had lunch at Belo Horizonte city, capital of Minas Gerais state. At the afternoon, we crossed the bridge over Grande River, next to Lavras city, and we arrived at Pouso Alegre city about 19:00, where we spent the night.
We traveled in this first day about 800 kilometers. It rained along the majority of the trip. It’s remarkable that all this distance was travelled without leaving the Minas Gerais state.
The reference to Grande River is due to it is inserted in a hydrographic basin with great relevance in this trip. The Grande River crosses the south of Minas Gerais state and delimits, with the Paranaíba River, the Minas Gerais’ triangle region (the far west of Minas Gerais state whose shape looks like a triangle). The Grande River separates Minas Gerais and São Paulo states and the Paranaíba River separates Minas Gerais and Goiás states and, after, Minas Gerais and Mato Grosso do Sul states.
When they join each other, at the triple division among Minas Gerais, São Paulo and Mato Grosso do Sul states, they form Paraná River. There is a confluence very near this triple division, inside Paranaíba River, the 20S 51W one, which I had visited in January 2022, three years ago.
The Paraná River, then, heads to south, making the line between São Paulo and Mato Grosso do Sul states. After, the line between Paraná and Mato Grosso do Sul states. And, finally, the border between Brazil and Paraguay, where lies Itaipu Dam.
Out of Brazil, it borders Paraguay and Argentina up to join Paraguay River, next to Corrientes, the city of Argentina where we spent one of the nights of our trip. The river continues to south, inside Argentina, up to join with Uruguay River, forming Prata River.
All rivers cited here were crossed along this trip, excepting Uruguay River, as we will see along the narratives.
At the second day of our trip, we left Pouso Alegre city about 7:00. We crossed interstate line, entering in São Paulo state, and stopped to have lunch a bit after Registro city.
At the afternoon, we crossed other two interstate lines, passing by Paraná state and entering Santa Catarina state. We arrived at Penha city about 17:00.
We travelled in this second day, again, about 800 kilometers. It rained a bit, only a light rain in some moments.
After two days of much traveling, we spent the third day resting. Our visit to Penha city aimed to go to the Beto Carrero World theme park.
At the fourth day, we left Penha city about 8:15. We passed by Navegantes Airport to change reais for foreign currency. We managed to get Argentinian peso, but the bureau of change hadn’t Uruguayan peso.
We passed by the beautiful Anita Garibaldi Bridge, at BR-101 highway and, up then, we stopped to have lunch at Tubarão city, Santa Catarina state.
We crossed other interstate line, entering in Rio Grande do Sul state, and stopped at Salgado Filho Airport, at Porto Alegre city, capital of Rio Grande do Sul, in order to change reais for Uruguayan pesos. This airport was directly impacted by flooding that devastated Rio Grande do Sul at previous year, and its services aren’t totally normalized. The international flights had recently resumed, less than one month ago, and because of this, the bureau of change is working.
We resumed our trip and arrived at Pelotas city, Rio Grande do Sul state, very late, about 21:00. The delay was due to three reasons. We started the trip later, we made the stops at the airports, and we drove the longest distance in only one day. We travelled in this day by about 850 kilometers.
We started the fifth day of our trip about 8:00. Still in the morning, we arrived at Jaguarão city and crossed the international line, entering in Rio Branco city, at Uruguay.
Sometime later, we left the main highway that heads to Montevideo city in order to catch the way to 33S 55W confluence. Some kilometers after, the GPS suggested us to enter in a dirt road. As it was in excellent condition, we decided to go ahead.
The first 20 kilometers, really, was in excellent condition. After, however, it worsened, but still in good condition. We then drive more 30 kilometers up to find other paved highway.
Some kilometers after, we stopped at the shoulder of the highway, only 700 meters to the exact point. I crossed a fence, made a quick hiking by a track and by a beautiful forest area, and got all GPS zeroes easily.
We stopped to take a snack, replacing the lunch, at Alejandro Gallinal village. Then, we resumed our trip and arrived at Montevideo about 17:30.
We travelled in this day by about 660 kilometers.
This narrative continues on 35S 58W.
Español
En enero de 2025, yo, mi mujer y mi hijo hicimos un largo viaje pasando por seis estados brasileños y por otros tres países, Uruguay, Argentina y Paraguay.
Nosotros salimos de la ciudad de Montes Claros, estado de Minas Gerais, en el sábado, día 4 de enero, alrededor de las 7 horas de la mañana, y almorzamos en la ciudad de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. A la tarde, cruzamos el puente sobre el río Grande, cercano a la ciudad de Lavras, y llegamos a la ciudad de Pouso Alegre alrededor de 19 horas, donde pasamos la noche.
Viajamos en este primero día unos 800 kilómetros. Llovió durante grande parte del viaje. Es notable el facto de que toda esa distancia fue recorrida sin salir del estado de Minas Gerais.
La referencia al río Grande é debida al facto de que él es parte de una bacía hidrográfica que tuvo mucha relevancia en nuestro viaje. El río Grande corta el sur de Minas Gerais y delimita, junto al río Paranaíba, la región del “Triángulo Mineiro” (el extremo oeste de Minas Gerais cuya forma es parecida con un triángulo). El río Grande separa los estados de Minas Gerais y São Paulo y el río Paranaíba separa los estados de Minas Gerais y Goiás y, después, los estados de Minas Gerais y Mato Grosso do Sul.
Cuándo ellos se unen, en la triple frontera entre Minas Gerais, São Paulo y Mato Grosso do Sul, originan el río Paraná. Hay una confluencia muy cercana a esa triple frontera, dentro del río Paranaíba, la 20S 51W, que yo he visitado en enero de 2022, hace tres años.
El río Paraná, entonces, seguimos rumbo al sur, pasando la frontera entre los estados de São Paulo y Mato Grosso do Sul, después entre los estados de Paraná y Mato Grosso do Sul y, finalmente, entre el Brasil y el Paraguay, donde está ubicada la Central Hidroeléctrica de Itaipú.
Fuera del Brasil, él pasa a delimitar Paraguay y Argentina para encontrarse con el río Paraguay, cercano a la ciudad argentina de Corrientes, donde nosotros pasamos una de las noches de nuestro viaje. Continúamos siguiendo hacia el sur, por dentro de la Argentina, hasta encontrarse con el río Uruguay, originando el río de la Plata.
Todos los ríos citados aquí fueran cruzados durante este viaje, exceptuando el río Uruguay, conforme se verá en las narrativas.
En el segundo día del viaje, salimos de Pouso Alegre alrededor de las 7 horas. Cruzamos la frontera estatal, entrando en el estado de São Paulo, y paramos para almorzar poco después de la ciudad de Registro.
A la tarde, cruzamos otras dos lineas fronterizas, pasando del estado de Paraná y entrando en el estado de Santa Catarina. Llegamos a la ciudad de Penha alrededor de las 17 horas.
Viajamos en este segundo día, nuevamente, unos 800 kilómetros. Llovió poco, solamente una lluvia fina en algunos momentos.
Después de dos días de mucha estrada, pasamos el tercer día descansando. Nuestra visita a la ciudad de Penha fue con el objetivo de ir al parque temático Beto Carrero World.
En el cuarto día, dejamos la ciudad de Penha alrededor de 8h15min. Pasamos por el Aeropuerto de los Navegantes para cambiar los reales por moneda extranjera. Logramos cambiar por peso argentino, pero la casa de cambio no tenía peso uruguayo.
Pasamos por la hermosa ponte Anita Garibaldi, en la ruta BR-101 y, luego después, paramos para almorzar en la ciudad de Tubarão.
Cruzamos otra lineas fronteriza, entrando en el estado de Rio Grande do Sul, y paramos en el Aeropuerto Salgado Filho, en la ciudad de Porto Alegre, capital del estado, para cambiar reales por pesos uruguayos. Este aeropuerto fue directamente impactado por las inundaciones que asolaran el Rio Grande do Sul año pasado, y el funcionamiento todavía no está totalmente normalizado. Los vuelos internacionales fueron retomados bien recientemente, hace menos de un mes, y por esto la casa de cambio estaba funcionando.
Seguimos viaje y llegamos a la ciudad de Pelotas muy tarde, alrededor de 21 horas. El retraso ocurrió por tres motivos. Empezamos el viaje un poco tarde, hicimos las citadas paradas en los aeropuertos, y recurrimos la más grande distancia en un único día. Viajamos en este día unos 850 kilómetros.
Empezamos el quinto día del viaje alrededor de 8 horas. Aún en la mañana, llegamos a la ciudad de Jaguarão y cruzamos la frontera, entrando en la ciudad uruguaya de Río Branco.
Algún tiempo después, dejamos la ruta principal que sigue hacia Montevideo para pegar el camino rumo a la confluencia 33S 55W. La dirección apuntada por el GPS, en cierto momento, sugestionó entrar en una estrada de tierra. Como ella estaba en excelentes condiciones, decidimos proseguir.
Los primeros 20 kilómetros estaban, realmente, en excelentes condiciones. Después, entretanto, ella quedó un poco peor, pero aún en buenas condiciones. Seguimos otros 30 kilómetros hacia otra ruta asfaltada.
Luego en seguida, paramos en la margen de la ruta, solamente 700 metros del punto exacto. Crucé una cerca, hice una rápida caminata por un camino y después por una hermosa área de floresta, y logré obtener todos los ceros sin dificultad.
Paramos para un bocadillo, reemplazando el almuerzo, en la localidad de Alejandro Gallinal. En seguida, retomamos el viaje e llegamos a Montevideo alrededor de las 17h30min.
Viajamos en este día unos 660 kilómetros.
Esta narrativa continua en la visita a la confluencia 35S 58W.